Feliz aquele que administra sabiamente
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará
[...]
Mais triste é termos de nascer e morrer
e haver àrvores ao fim da rua
É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro
É triste no outono concluir
que era o verão a única estação
[...]
Mas o mais triste é recordar os gestos de amanhã
[...] e através da vida sem nenhuma infância
revendo tudo isto algum tempo depois
A tarde morre pelos dias fora
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará
[...]
Mais triste é termos de nascer e morrer
e haver àrvores ao fim da rua
É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro
É triste no outono concluir
que era o verão a única estação
[...]
Mas o mais triste é recordar os gestos de amanhã
[...] e através da vida sem nenhuma infância
revendo tudo isto algum tempo depois
A tarde morre pelos dias fora
Ruy Belo in O Problema da Habitação, "VII A Mão no Arado".
Picture by Duane Michals, Joseph Cornell, 1970.
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