quarta-feira, 29 de maio de 2013

Originalidade em Arte quer dizer pessoalismo, personalidade. É a obra denunciando o Homem e a sua sensibilidade.
O «falhado» sente como toda a gente, não é igual a si, é igual aos outros.
Há os que não tendo sensibilidade própria a vão buscar a outrem como coisa roubada, mas conhece-se logo que o fato não é deles; tem as mangas compridas, está muito largo e diz-se então: mas aquele parece-se com fulano. Eles em si não são nada. Valem só pelo que não é deles. [...]
Em Arte topa-se a miúde com casos destes. A literatura, a música, as plásticas estão cheias. E o pior é se pela vida fora se eles despem a roupa alheia - por uma questão de arrependimento, ou decência - há sempre um garoto a gritar: «fulano vai nu».
 
Portela Júnior in Reflexões Sobre Columbano.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

[...] todo o leitor que relê uma obra que ama sabe que as páginas amadas lhe dizem respeito.

Gaston Bachelard in A Poética do Espaço.
[...] Para percebermos a acção psicológica de um poema, teremos pois de seguir dois eixos de análise fenomenológica: um que leva às exuberâncias de espírito, outro que conduz às profundezas da alma.

Gaston Bachelard in A Poética do Espaço.