domingo, 21 de novembro de 2010

De quando em quando, na história da cultura, os artistas debatem-se com o problema da sua situação no plano da sociedade e da relação da actividade artística com outros ramos do saber. Quando os poderes estão plenamente cientes da importência das artes, a questão passa para segundo plano ou é quase esquecida, para depois voltar a aflorar. Temos então de decidir se é mais importante para a Humanidade a descoberta da penincilina por Fleming, ou o tecto da Sistina de Miguel Ângelo, quando afinal se poderá ironicamente dizer que uma «salva corpos», outro «salva almas» [...].

Margarida Calado in « Arte /Ciência - Criação / Investigação : Reflexões sobre a Teoria da Arte no Renascimento e Maneirismo», Investigação em Arte: Uma floresta muitos caminhos.

1 comentário:

Henrik disse...

A questão em certo sentido é mal colocada. Ninguém nos diz que temos que escolher uma em detrimento da outra, em rigor são complementares. O que uma não colmata ou apazigua, a outra fá-lo. É necessário compreender, antes de mais, que somos nós os principais culpados pelas dissenções e guerras que criamos. :-)