quarta-feira, 29 de maio de 2013
domingo, 17 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Roger: I can see you, you’re beautiful.
Jane: You always say that. It’s all you ever say.
Roger: Now I know why your friends are so smart.
Jane: Catherine is not my friend, she’s my doctor.
Roger: I knew that, but I didn’t know it.
Jane: Sometimes I think she knows me better than you do.
Roger: Do I want to know?
Jane: Probably not.
Roger: Because it’s over?
Jane: She’s just waiting for me to say it
Roger: And what does she think of me?
Jane: She thinks I’m waiting for you to say it.
Roger: But instead you wrote me this poem tonight, didn’t you?
Jane: I knew we were going somewhere and I didn’t want it to be here.
Roger: Do you feel as relieved as I do?
Jane: All I can think about is having an affair. I see them everywhere.
Roger: You never cheated on me?
Jane: There was a kiss, I stopped it. And then I was mad at you. You didn’t appreciate it, even though you didn’t know about it.
Roger: A younger man?
Jane: No.
Roger, that’s always been real. And I won’t even ask about you. I just know for a fact that you did not fell in love.
Roger: So what was wrong again?
Jane: You don’t like me.
Roger: I did.
I really did.
Jane: Is it morning?
Roger: Yes.
I’m sorry I always say it but you are so beautiful.
Jane: Last night was beautiful.
Roger: It was, wasn’t it?
Jane: Where are you going?
Roger: Out the door and into the elevator I suppose.
Jane: What about me?
Roger: You can take your time, obviously. I figured I just checked into a hotel for a while. I don’t want to displace you.
Jane: What are you talking about?
Roger: I imagined all the screaming and fitting and lawyers… it’s just so beautiful. How we were able to be there together in the truth like you wanted.
Jane: Are you leaving me?
Roger: No, we’re leaving each other just like you said.
Jane: I didn’t say that.
Roger: You did. You said so many amazing things, you were speaking German.
Jane: I don’t know German.
Roger: You were quoting your father.
Jane: Must have been Yiddish. I was on drugs; I obviously didn’t mean any of it.
Roger: So your psychiatrist didn’t tell you you knew this was over but you were waiting for me to say it?
Jane: I did say that.
Roger: It’s good that you did because we both knew it.
Jane: No. I don’t know.
…
It’s going to be very expensive.
Roger: I know.
domingo, 15 de abril de 2012
sexta-feira, 23 de março de 2012
domingo, 26 de fevereiro de 2012
terça-feira, 30 de agosto de 2011
segunda-feira, 25 de julho de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 21 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
sábado, 24 de julho de 2010
Gabriel Garcia Márquez in Ninguém escreve ao Coronel.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
terça-feira, 6 de julho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
From the hissing of the spent lie
And the old terrors' continual cry
Growing more terrible as the day
Goes over the hill into the deep sea;
I have longed to move away
From the repetition of salutes,
For there are ghosts in the air
And ghostly echoes on paper,
And the thunder of calls and notes.
I have longed to move away but am afraid;
Some life, yet unspent, might explode
Out of the old lie burning on the ground,
And, crackling into the air, leave me half-blind.
sábado, 27 de março de 2010
[...]
Quando passeávamos perto do rio dizias que tinhas sido feliz para além dos montes.
Dantes, quando o amanhecer se espalhava por toda a casa, chegou um barco.
Passou à nossa porta, levando-te.
Depois, a minha sede nunca mais encontrou a sua água.
[...]
Tenho sempre a suspeita que me abandonaste nesse dia... eu sei, raramente podemos
ser o que queremos ser.
segunda-feira, 15 de março de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Russell: Not much.
Making bad art.
Saying stupid things.
Continuing implementation of my master plan to be completely forgotten when I'm gone and totally forgettable while I'm here.
in Six Feet Under, season 4, episode 1: "Falling into Place".
sábado, 5 de dezembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
penso na morte
mas sei que continuarei vivo no epicentro das flores
no abdómen ensanguentado doutros-corpos-meus
na concha húmida de tua boca em cima dos números mágicos
anunciando o ciclo das águas e o estado do tempo
a memória dos dias reside no olhar dum retrato
continuo só
e sinto o peso do sorriso que não me cabe no rosto
improviso um voo de alma sem rumo mas nada me consola
é imprevista a metereologia das paixões
pássaros minerais afastam-se suspensos
vislumbro um corpo de chuva cintilando na areia
até que tudo se perde na sombra da noite... além
junto à salgada pele de longínquos ventos
[...]
12
nada... incessantemente nada
nem mesmo a infelicidade
desenhar um quarto à medida da ausência
de nossos corpos apagar as luzes e a paisagem
fechar as janelas as portas as frestas
abrir as mãos os olhos e talvez o gás
esperar... esperar
sábado, 29 de agosto de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
[...] Quando se prova, nunca mais se esquece. Ai, ai. Depois de duzentos e sessenta broches, quatrocentas quecas normais e cento e seis no cu, começa o namoro. Mas é mesmo assim que as coisas são. Quantas pessoas no mundo amaram antes de foder?
[...]
- Não pares - repete ela - Já ouvi essas palavras em qualquer lado. - Na verdade, raramente ouvira essa forma verbal sem ser antecedida por um «não». Não de um homem. Não muitas vezes de si mesma. - Sempre pensei que «não pares» era uma palavra só.
- E é. Continua a dançar.
- Então não a percas. Um homem e uma mulher num quarto. Nus. Temos tudo, não precisamos de mais nada. Não precisamos de amor. Não te rebaixes, não te tornes num idiota sentimental. Estás mortinho por isso, mas não o faças. Não percamos isto. Imagina, Coleman, imagina mantermos as coisas deste modo.
Ele nunca me viu dançar assim, nunca me ouviu falar assim. Há tanto tempo que eu não falava assim que julgava ter-me esquecido como era. Tanto tempo escondida. Ninguém me ouviu falar assim.[...]
- Imagina - diz -, vir todos os dias... e isto. A mulher que não quer ter tudo. A mulher que não quer ter nada.
Mas nunca quisera tanto ter alguma coisa.
[...]
- Não há ninguém como tu. Helena de Tróia.
- Helena de Lado Nenhum. Helena de Nada.
domingo, 28 de setembro de 2008
se estar aqui
já é muito?
Por vezes
é mesmo de mais
sobretudo
quando não se ama já
e o coraçãp emudecido
pesa como pedra dentro
como morte dentro
do nosso corpo
agitado pela vida
Querer cumprir
querer produzir
[...]É isso o que tu queres de nós
terra
vida
alma?
É isso o prazo da existência
o seu interesse?
[...]
Efémera e contínua
caminho firme para o invisível
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
domingo, 17 de agosto de 2008
[...]
- Sabes, depois de chegar à Casa Branca o tipo deixou de dominar. Não podia. Também não dominou a Willey. Foi por isso que ela ficou fula com ele. Quando se tornou presidente perdeu todo o seu talento arkansiano típico para dominar mulheres. Enquanto foi procurador-geral e governador de um pequeno estado obscuro, dominar era perfeito para ele.
[...]
- O que acontece no Arkansas? Se um tipo cai quando ainda se encontra lá, não cai de muito alto.
- Exactamente. E calcula-se que tenha tara pelo cu. É uma tradição.
- Mas quando chega à Casa Branca, não pode dominar. E quando não pode dominar, Miss Willey vira-se contra ele, e Miss Monica vira-se contra ele. Teria garantido a lealdade dela se lhe fosse ao cu. O pacto devia ter sido esse. Isso tê-los-ia ligado. Mas não houve pacto.
- Bem, ela assustou-se. Sabes bem que esteve prestes a não dizer nada. Starr esmagou-a. Onze gajos na sala com ela naquele hotel, já imaginaste? A massacrá-la? Foi uma geraldina. Uma violação colectiva encenada por Starr naquele hotel.
- Isso é verdade. Mas ela já andava a falar com Linda Tripp.
- Ah, sim.
- Anadava a falar com toda a gente. Pertence àquela cultura idiota do blá-blá-blá. A esta geração que se orgulha da sua superficialidade. A sinceridade é tudo. Sincera e vazia, totalmente vazia. A sinceridade que dispara em todas as direcções. A sinceridade que é pior do que a falsidade e a inocência que é pior que a corrupção. Toda a rapacidade oculta sob o manto da sinceridade. E do jargão. Aquele vocanbulário maravilhoso de todos eles, e em que parecem acreditar, a respeito da «falta de mérito próprio», quando na realidade estão sempre convencidos que têm direito a tudo. Chamam carinho ao descaramento e mascaram a desumanidade de perda de «auto-estima». Hitler também tinha falta de auto-estima. Esse era o problema dele. É uma farsa, o que esses miúdos armaram. A hiperdramatização das emoções mais insignificantes. Relação. A minha relação. Clarificar a minha relação. Quando abrem a boca apetece-me amarinhar pelas paredes. Toda a linguagem deles é um somatório da estupidez dos últimos quarenta anos. [...]
- [...] Ele podia topá-la. Se não é capaz de topar Monica Lewinsky, como pode topar Sadam Hussein? Se o tipo não é capaz de topar e cortar as voltas a Monica Lewinsky, não devia ser presidente. Isso é fundamento genuíno para impugnação. Mas, insisto, ele topou. Ele topou tudo. Não acredito que tenha ficado muito tempo hipnotizado com a história da carochinha do seu disfarce. Claro que viu que ela era absulutamente corrupta e absolutamente inocente. A extrema inocência era a corrupção: era a sua corrupção, a sua loucura e a sua astúcia. [...] Mas o que não percebeu foi que tinha de lhe ir ao cu. Porquê? Para a calar. Estranho comportamento o do nosso presidente. Foi a primeira coisa que ela lhe mostrou. Pôs-lha à frente do nariz. Ofereceu-lha. E ele não fez nada. Não entendo este tipo. Se lhe tivesse ido ao cu, duvido que ela tivesse falado com Linda Tripp. Porque não quereria falar a esse respeito.
[...]
- É pelo cu que se gera a lealdade
- Não sei se isso a teria calado. Duvido que seja humanamente possível calá-la. Não estamos perante um caso de Garganta Funda, mas sim de Boca Escancarada.
sábado, 16 de agosto de 2008
a tristeza e aprende a reparti-la pelos dias
Podem passar os meses e os anos nunca lhe faltará
[...]
Mais triste é termos de nascer e morrer
e haver àrvores ao fim da rua
É triste ir pela vida como quem
regressa e entrar humildemente por engano pela morte dentro
É triste no outono concluir
que era o verão a única estação
[...]
Mas o mais triste é recordar os gestos de amanhã
[...] e através da vida sem nenhuma infância
revendo tudo isto algum tempo depois
A tarde morre pelos dias fora
Ruy Belo in O Problema da Habitação, "VII A Mão no Arado".
sexta-feira, 18 de julho de 2008
sexta-feira, 28 de março de 2008
sábado, 26 de janeiro de 2008
A falsidade é quase sempre um meio certo de triunfar; aquele que a possui adquire necessariamente uma espécie de prioridade sobre aquele com quem tem comércio ou correspondência; fazendo-se admirar com um exterior falso, convence e, a partir desse momento, passa a triunfar. Mesmo que eu me aperceba de que fui enganado, a ninguém devo culpar a não ser a mim e aquele que conseguiu intrujar-me procedeu tanto melhor quanto eu, por orgulho, me não irei lamentar; a sua superioridade em relação a mim será sempre grande; terá sempre razão quando eu nunca a tenho; avançará enquanto eu nada sou; há-de enriquecer enquanto eu me arruíno; sempre acima de mim, não tardará a cativar a opinião pública; nessa altura, por mais que eu o queira inculpar, ninguém sequer me ouvirá. Entreguemo-nos portanto, ousada e incessantemente, à mais insigne falsidade; olhemo-la como chave de todas as graças, de todos os favores, de todas as boas reputações, de todas as riquezas e consolemo-nos calmamente do desgosto de intrujar apenas pelo prazer de sermos malandros.
Marquis de Sade in "Terceiro Diálogo", A Filosofia na Alcova.
t-shirt by Jenny Holzer.